terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Jantar-debate

Consciente de que a autoregulação do jornalismo depende, no essencial, da vontade dos próprios jornalistas em avançar nesse sentido, o MIL (Movimento Informação é Liberdade) decidiu promover um jantar-debate sobre o tema, aberto a todos os jornalistas que desejem participar. A iniciativa foi marcada para o dia 8 de Janeiro de 2008, uma terça-feira, em Lisboa. O local será marcado consoante as inscrições. Essas inscrições deverão ser feitas para o mail deste blogue (informacaoliberdade@gmail.com) até 3 de Janeiro (data limite).

No contexto do debate sobre a auto-regulação, recordamos o que Mário Bettencourt Resendes, porta-voz do MIL, escreveu no Diário de Notícias em 10 de Novembro passado:

Entre as competências do provedor dos leitores do Diário de Notícias está "analisar e criticar aspectos do funcionamento e do discurso dos media que se possam repercutir nas relações com os respectivos destinatários".

É, portanto, com legitimidade inequívoca que se utiliza este espaço para tecer algumas considerações sobre o Estatuto dos Jornalistas, publicado esta semana no Diário da República.

Como é sabido, o diploma tinha regressado ao Parlamento após o veto presidencial da primeira versão. A maioria socialista foi sensível aos reparos de Belém e deixou cair os pontos que tinham sustentado o veto presidencial. E assim se compreende que a lei tenha seguido para promulgação.

Permanece, no entanto, o mecanismo de sancionamento deontológico, previsto para funcionar no seio da Comissão da Carteira Profissional, que foi objecto de contestação por parte de um vasto número de profissionais de informação. Perdeu-se uma batalha, mas não a guerra.

Se os jornalistas recusarem candidatar-se aos lugares que lhes foram "generosamente" atribuídos na nova comissão, a polícia deontológica criada por via administrativa morrerá antes de ter nascido. Ou seja, a boicotar. Sem a mínima hesitação.

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